Pneumologista da FHAJ destaca a importância do tratamento para pacientes que convivem com asma

Pesquisas apontam que a pandemia contribuiu para o avanço da doença em território brasileiro

Em alusão ao Dia Nacional de Controle da Asma, a Secretaria de Saúde do Estado do Amazonas (SES-AM), através do pneumologista Gilson Martins, especialista em doenças respiratórias, ressalta a importância do diagnóstico e tratamento adequado para pacientes que convivem com a doença respiratória. A asma é uma doença crônica das vias respiratórias caracterizada pela inflamação e estreitamento dos brônquios.

Segundo o pneumologista, que atua na Fundação Hospital Adriano Jorge FHAJ), o tratamento adequado é essencial para ajudar no controle dos sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes acometidos com a doença.

“Os pacientes que têm asma, devido os sintomas, como tosse, falta de ar, chiado torácico, e as crises de asma, podem gerar prejuízos e impactar nas suas atividades do dia a dia e também no sono. A importância do acompanhamento regular e seguimento do tratamento, permite que o paciente possa executar suas atividades da vida diária, praticar esportes, reduzir faltas na escola e trabalho, gerando uma melhor qualidade de vida”, afirma Gilson Martins.

De acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que 23,2% da população brasileira viva com essa enfermidade respiratória. Pesquisas indicam que a pandemia da Covid-19 contribuiu para elevação desses números nos últimos anos.

A asma é uma doença que não possui cura, mas é heterogênea, o que significa que os fatores desencadeantes e as causas podem variar entre os indivíduos. Por outro lado, os sintomas dessa enfermidade podem ser controlados. O especialista também explica que cada tratamento depende do quadro do paciente.

“Devido as diferenças de perfis de pacientes com asma, com relação, por exemplo, a intensidade e frequência dos sintomas, as crises de asma, marcadores imunológicos relacionados ao perfil inflamatório, função pulmonar, que são analisados durante a consulta e acompanhamento, irão influenciar no tipo de tratamento a ser feito para o paciente. Além de medidas não medicamentosas, o tratamento medicamentoso específico irá depender dessa análise”, destaca

Causa

A causa exata da asma ainda é desconhecida, mas acredita-se que é causada por uma série de fatores genéticos e ambientais. Pessoas com histórico familiar de asma têm maior probabilidade de desenvolver a doença. Os fatores ambientais envolvem a exposição a alérgenos, irritantes respiratórios, infecções respiratórias e obesidade.

Segundo o departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (Datasus), no Brasil ocorrem, em média, 350.000 internações por ano. A asma está entre as quatro primeiras causas de hospitalizações pelo SUS.

Dicas para pacientes com a doença

Uma rotina e um comportamento adequado é essencial para assumir o controle de sua condição, tomar decisões informadas, buscar tratamento e seguir as orientações é essencial para o controle da doença.

“É importante realizar o seguimento médico, conforme avaliação e programação nas consultas, na qual é feito o plano de tratamento e educação em asma para o paciente saber reconhecer seus sintomas, assim como também é importante revisar o modo de uso dos dispositivos inalatórios. A atividade física é uma aliada também para ajudar o paciente a ter melhor condicionamento físico e melhorar a saúde pulmonar”, finaliza o especialista

FOTO: Divulgação SES-AM