Pedra no rim: Fundação Hospital Adriano Jorge orienta como prevenir e tratar a doença
Doença é provocada pela cristalização de sais minerais presentes na urina, que formam um pequeno cálculo dentro do trato urinário

A má alimentação e a falta de água no corpo podem trazer sérias consequências para a saúde, como a formação de cálculo renal, também chamado de pedra no rim. A Secretaria de Saúde do Amazonas (SES), por meio da Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ), orienta como prevenir e tratar a doença.
A doença é provocada pela cristalização de sais minerais presentes na urina, que se agrupam e formam, literalmente, um pequeno cálculo dentro do trato urinário. O diretor-presidente da FHAJ, médico Ayllon Menezes de Oliveira, disse que a unidade trabalha para dar celeridade no atendimento de pacientes com pedras nos rins.
“Recebemos da gestão anterior uma fila com mais de 800 pacientes que estavam à espera desse procedimento. O governador Wilson Lima, muito preocupado com essa situação, nos orientou para que trabalhássemos para zerar essa fila. Fizemos um contrato, que não havia, e assim conseguimos médicos especializados. Conseguimos reduzir essa fila, que hoje é 200 pessoas e estamos trabalhando para zerar ainda no primeiro semestre de 2023. É um esforço da Fundação Hospital Adriano Jorge e da Secretaria de Saúde para atender esses casos de todo o Amazonas, inclusive de pacientes do interior”, afirma.

O nefrologista Manoel Ribeiro, da FHAJ, ressalta que os rins têm como função equilibrar o volume de água no organismo e filtrar algumas das impurezas que circulam na corrente sanguínea, produzindo a urina, que fica armazenada na bexiga e é eliminada do corpo.
Manoel Ribeiro ainda explica quais são os fatores associados à doença. “Desde os fatores genéticos de doenças geneticamente transmissíveis que favorecem a formação dos cálculos, como também os fatores nutricionais que vão interferir também. A água é um dos principais fatores, a ingestão de muito sal, de bebida alcoólica, ingestão de muita proteína, principalmente a animal”, disse.
Tratamento
O tratamento convencional do cálculo renal consiste na ingestão de analgésico e muito líquido. Mas, o tratamento pode não ser eficaz e demandar cirurgia. Existem outras alternativas, como a litotripsia extracorpórea, e a litotripsia percutânea que consiste em submeter o paciente a ondas de choque que quebram os cálculos dentro do rim, facilitando a sua eliminação pela urina.
“Do momento que você sentir a dor, é pronto socorro e SPA. Após ser encaminhado para o laboratório da nefrologia do Hospital Adriano Jorge, a gente consegue fazer o tratamento da terapia expulsiva, onde damos a medicação para ajudar a dilatar a ureter junto com medicações anti-inflamatórias. Caso o cálculo não saia, o ideal é o procedimento cirúrgico, onde o paciente passa a ser acompanhado pela urologia”, explica Manoel Ribeiro.
Recomendações
A Fundação Hospital Adriano Jorge recomenda água regularmente, de dois a três litros por dia. Essa é a medida mais importante para prevenir cálculos renais. O uso de medicamentos contra a dor deve ser sempre prescrito pelo médico.
Além disso, é importante controlar a ingestão de alimentos ricos em proteínas e cálcio se os cálculos forem formados por excesso de ácido úrico ou cálcio. Não se automedique, nem faça o próprio diagnóstico. Procure atendimento médico, especialmente se tiver dores intensas nas costas ou no abdômen e sinais de sangue na urina.
FOTOS: Roberto Carlos/ Secom